Tudo o que existe à nossa volta, toda a “substância” que conseguimos visualizar é composta a partir de uma lista básica de elementos. Esta lista não é longa, mas é constituída por elementos que possibilitam inúmeras opções e combinações selectivas, como afirma Donis A. Dondis. Se assim não fosse, era impossível a diversidade que observamos, todos os dias, com os nossos olhos.
O elemento mais básico, mais pequeno e irredutível é o ponto. Este elemento apresenta, também, a capacidade para dirigir um olhar. E quanto mais próximos esses pontos são, mais intensificada é essa mesma capacidade. Em grande número e juntos criam a ilusão de tom e de cor.
Quando os pontos estão de tal forma juntos que se torna impossível distingui-los individualmente surge um novo elemento de comunicação visual, a linha. A linha apresenta duas naturezas distintas mas igualmente interessantes. Não é estática, apresenta uma fluidez natural que reforça a liberdade de experimentação através de esboços etc. Mas, por outro lado, pode ser rigorosa, precisa, vai sempre nalguma direcção, definitiva, como se observa através da “prática da arquitectura”, por exemplo.
A linha descreve outro elemento básico – a forma. As três formas básicas existentes são o quadrado, o triângulo e o círculo. São, mas uma vez, formas simples, planas que podem ser facilmente construídas ou descritas verbalmente.
Estas formas básicas vão demonstrar outro elemento da comunicação visual – a direcção. O quadrado expressa a horizontalidade e a verticalidade, o triângulo expressa a diagonar e o círculo expressa a curva. Estas direcções são valiosas para a criação de mensagens visuais.
O tom é observável pela pelas variações de luz (quer seja proveniente do sol, da lua, artificial). Através delas distinguimos visualmente a complexidade da informação visual que nos rodeia.
As cores, outro dos elementos da lista, encontram-se relacionadas com experiências emocionais e significativas. Significativos pode remeter para o facto de atribuirmos significados e associarmos experiências comuns às cores, por exemplo, o vermelho pode remeter para a raiva etc. As cores podem ser entendidas nos termos de matiz, saturação ou brilho.
Outro dos elementos básicos da comunicação visual é a textura. Esta pode ser sentida através do tacto, visão ou ambos, gerando diversos significados associativos. Verificam-se as mínimas alterações a superfícies através desta característica.
A escala é uma medida visual relativa. A cor é brilhante ou apagada dependendo da justaposição, o pequeno não existe sem o grande.
A dimensão está directamente associada à ilusão, pois só através destas ilusões é possível criar a sensação de de perspectiva ou a sensação de volume.
Finalmente, o último elemento é o movimento. O movimento é uma das características mais implícitas nas experiências humanas e é percebido pelo homem através de um fenómeno denominado de persistência de visão. Esta característica explica, entre tantos e tantos exemplos, o movimento que um flip book pode causar.
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