Quando olhamos para este quadro de Matisse o elemento que nos «salta» à vista é a cor.
Assim, a nossa visão é responsável pela percepção das cores e, só existem cores quando existe luz. Num ambiente com ausência de luz, não existem cores. Ao incidir num objecto, uma parte da luz é absorvida, a outra é reflectida. A parte da luz reflectida é a que chega aos nossos olhos e determina a cor da superfície dos objectos.
É interessante constatar que a cor é algo que nos é tão familiar que nos custa a compreender que a cor não corresponde a uma propriedade física, mas sim à sua representação interna, a nível cerebral. Os objectos em si não têm cor. A cor corresponde a uma sensação interna provocada por estímulos físicos que dão origem à percepção da mesma cor por um ser humano.
A cor não tem só que ver com os olhos e com a retina, mas também com a informação presente no cérebro. A maioria das cores das superfícies mantêm uma aparência idêntica mesmo quando vistas sob uma iluminação diferente. Isto acontece porque o sistema nervoso, através da radiação detectada pela retina, extrai aquilo que não se altera com as mudanças da iluminação. A radiação muda, mas o nosso cérebro reconhece certos padrões nos estímulos perceptivos, agrupando e classificando fenómenos diferentes como se fossem iguais.
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